sábado, 17 de agosto de 2013

O refúgio da gaivota


                                                               O refúgio da gaivota


O sol do meio dia abrasava o recreio da escola. Com perplexidade avisto o voo rasante de uma gaivota, ouço o seu gemido e verifico que ela escolheu o nosso recreio para pousar, procurando sombra num caminhar coxo, encolhendo uma das pernas a cada dois passos.Impressionada com o porte da ave, muito maior que os pardalitos que nos dão os bons dias manhã cedo, em bandos, apropriando-se do espaço que tão bem conhecem, interrogo-me sobre a inesperada visita. Porque teria a gaivota escolhido o recreio de uma escola, da nossa escola, para se recompor? Teria ouvido o chilrear das crianças brincando e confundindo esse som com o ruído do vento afagando as vagas do Tejo? Ou chiar do baloiço, semelhante à melodia produzida pelas  cordas das amarrações dos pequenos barcos ancorados a iludiu? Seria um sinal ou uma mensagem, vinda de lugar inacessível aos humanos? Interrompi a reflexão já que a gaivota de bico entreaberto me pareceu sedente. Levei água para junto dela...de mansinho para não a assustar ainda antes de me afastar começou a bebericar, junto ao muro onde se destaca a pintura que representa Vasco da Gama...encontrando ali o seu elemento...o mar. Mais tarde, deixámos-lhe comida. No dia seguinte, partiu, mas antes sobrevoou o nosso recreio, despedindo-se de nós com o seu piar característico. Voa gaivota, não sei o que ou o quê ou se me querias contar algo, mas peço-te, leva mensagem, pelos céus e mares e rios...que escolheste como refúgio, em momento de sofrimento, o solo terno e seguro do recreio da nossa escola.

 













     

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A torre e o teto


                       A torre e o teto

     Martim, três anos ainda por fazer, inicia a construção da sua "torre", decidido, rodeia-se de todos os blocos existentes na sala. Com cuidado, demonstrando a sua larga experiência em construção de torres, vai empilhando bloco sobre bloco, esticando os braços e pondo-se em bicos de pés.No momento em que aumentar a torre se torna impossível para a sua capacidade física, olha em redor e a solução é pôr-se em cima de uma cadeira, agora, num sobe e desce, segura cada peça contra o corpo, mantendo o equilíbrio com a mão livre. Surge de novo o momento em que a dificuldade de aumentar a torre se manifesta...olhando para mim, pede-me sorrindo, uma cadeira mais alta. Recuso-lhe a cadeira, com o argumento de que a torre já está maior que eu, pela expressão dele vi a debilidade do argumento, não sendo eu baixa estou longe de ser alta.Não desiste e reforça a sua intenção explicando-me: Sabes Dona Rosa, a torre ainda não está no teto! O limite do Martim para a sua construção era  teto. Todos nós fomos assim em criança. Os limites são necessários para nossa segurança mas, lamentavelmente por demais são cerciados, até já não possuirmos audácia e coragem para projetármos nossos sonhos e anseios.Limitamo-nos na inferioridade, na insegurança, no receio.Como foi bom quando o nosso limite era o teto e para lá do teto... quando o nosso limite era o céu.  

segunda-feira, 15 de julho de 2013

As palavras são como pedras



   As palavras são como pedras, depois de atiradas  já não retrocedem, então quando representam algo rude, grotesco ou medonho, ficam ali especadas, sem arredar um milímetro que seja, do cenário em que foram proferidas, e fosse caso disso, não adiantaria trocar por sinónimos, dado que o impacto da primitiva, ressoa com rufar de tambores,  através dos séculos.Vem isto a propósito da palavra "carrascos", arremessada no Parlamento há dias atrás, escondida e/ou justificada, numa citação de Simone de Bouvoir. As palavras sempre tiveram forte impacto em mim, considero-me boa ouvinte e leitora, gosto de palavras e da intensidade e drama com que são ditas ou escritas , quando transmitem respeito, sensatez, ternura,bondade, humildade. O som é doce e o nosso rosto ilumina-se.Por outro lado, já reparam na guturalidade exigida para que saia de nós o som de  palavras que ofendem, ferem, rebaixam, humilham? Confesso que me surpreendi com a palavra e com a atitude. Com este episódio veio-me à lembrança uma frase de minha mãe, quando alguém se pronunciava sobre a "obrigação", dizendo que obrigação é de carrasco, dando preferência à palavra "dever"...enfim, outros tempos, outras sensibilidades.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

SURPRESA!!!



 A partir se Setembro, mensalidades low cost, no nosso colégio...porque todas as crianças têm direito a frequentar um jardim de infância onde se sintam felizes e se desenvolvam em harmonia, antes de ingressarem na primária.

Informações: telef.212763241 e 918336249

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Garatuja, garatuja...quem és tu?

As crianças pequenas, na tentativa de representar a sua interpretação do mundo que as rodeia, experimentam traços que para os adultos menos conhecedores e/ou mais preocupados nada representam, surgindo nos adultos a tendência para ensinar a criança a desenhar.Torna-se assim  fundamental alertar para as consequências que poderão advir do ato de cerciar essa demonstração interpretativa nas crianças, pois abrir-se-á lugar ao bloqueio da sua expressividade, assim como mais tarde, dúvida se o seu trabalho é reconhecido pelos adultos.
A garatuja ou rabisco, tem sido alvo de estudo, nomeadamente desde a década de 70, tendo sido demonstrada a sua relevância no processo evolutivo da criança, como uma das primeiras formas de escrita da criança e o despertar para a escrita convencional. Por tudo isto, de futuro aprecie mais os "desenhos" de sua criança, ou como habitualmente digo "leia com amor as suas cartas".


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Colheres???

Tarde quente, muito sol lá fora e a mãe não me autorizava saidas para o exterior, nesse tempo "bronze" não era sinónimo de beleza. Aborrecida, enfastiada, caminhava de trás para a frente, naquele movimento que tanto irrita as mães. Rosa Maria o que é que se passa? perguntou a minha mãe, num tom de voz que não era usual nela...ups...Mãezinha não tenho nada para fazer! Retomando o seu ar carinhoso, disse-me olhando-me nos olhos e rindo: Quem não tem nada para fazer, faz colheres!O quê? era o que diziam os meus olhos espantados...conta lá mãe, é uma história não é? O meu estado enfastiado foi-se...conta lá, conta mãe! pedi saltitando.Interrompendo a sua tarefa, iniciou a história:Foi há muito tempo, na 1ª guerra mundial e num país que fica muito longe de Portugal. Quando a guerra terminou, as fábricas que trabalhavam os metais e construiam armas, ficaram sem encomendas e assim sendo os operários que nelas trabalhavam, não tinham nada que fazer,estavam tão preocupados, que se puseram a pensar como é que poderiam ultrapassar aquela situação. Estavam felizes porque a guerra tinha terminado mas sem trabalho não poderiam sustentar as suas famílias. Pensaram, pensaram, até que um deles se lembrou de que poderiam fazer colheres em metal. Recordo-me de na altura pensar que se não fosse aquele operário eu não comeria o arroz doce com a minha colher de alumínio...talvez com uma de madeira, não?
Nunca investiguei se a história das colheres de metal era assim ou não. Jamais porei em causa as versões da minha mãe! O que vos garanto é que pela minha vida fora, muitas foram as vezes que tive presente este episódio e construí e construo as minhas "colheres" com a matéria prima que a vida me vai concedendo. 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

vamos raciocinar...

Vamos raciocinar...era com esta frase que a minha mãe iniciava muitos dos nossos diálogos, quando surgiam operações de alguma complexidade, para os meus oito anos.Ora...vamos lá raciocinar, sobre questões presentes, complexas e sobre as quais me parece ser de elevada utilidade o raciocínio.
Aqui vão elas: Quais os interesses ocultos atrás da adição de comentários e cenários falseados ou meias verdades? Quem beneficia com a multiplicação de opiniões, discussões, protestos, vitimizações e extremismos? A quem favorece a subtração da tolerância e do bom senso, nas negociações de questões fundamentais? Quem lucra com a divisão de pessoas, que pela sua instrução e formação académica, foram preparadas para encontrar soluções?
Vá lá...vamos raciocinar...  

terça-feira, 11 de junho de 2013


  Quando olho uma criança, ela me inspira dois sentimentos, ternura pelo que é, e respeito pelo que possa vir a ser.(Jean Piaget)

    Humildemente me pronuncio sobre Jean Piaget tal é o respeito e consideração que nutro pelo grande investigador, humanista e mestre, mas sobretudo pelo ser humano terno, tolerante, humilde, constante na sua acção de conhecer o Outro, deixando sempre em aberto novas possibilidade de reflexão, para que a tese se perpetuasse, sem limite. Durante todos estes anos, em que me dediquei às crianças, viveu sempre em mim o sonho, o desejo, a ambição, de que os educadores, família e profissionais, vissem as crianças pela perspectiva de Piaget, usando em todos os momentos a compreensão do que se pode ou não exigir a uma criança, respeitando aquilo que ela é naquele determinado momento, e tudo isto com a expressão da ternura...a ternura que esclarece, que envolve e nos faz ver o que não é possível vislumbrar de outro modo.Penso que o século XXI, é o século de Jean Piaget e que por inerência o tempo da "descoberta" da criança. O reconhecimento do seu inestimável contributo, para a formação das crianças, homens de amanhã,levar-nos-á à construção de uma nova sociedade, mais condizente com a dignidade humana.

Rosa Maria Sobral 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

EU TENHO UM SONHO


Eu tenho um sonho, que os rostos das crianças apenas expressem alegria e felicidade.Eu tenho um sonho, que os abraços se perpetuem pela existência de todos e cada um. Eu tenho um sonho, que as escolas sejam a imagem e o reflexo de uma sociedade mais justa e equilibrada, fraterna e cooperante.Eu tenho um sonho, que sejam as pessoas os protagonistas, os actores, dessa realidade, nos cinco continentes e mais além.Não mais norte, não mais sul, este ou oeste, mas posicionados onde a vontade os levar, livres de amarras e preconceitos.Eu tenho um sonho que uma nova "rosa dos ventos" nos traga novas rotas, novas hipóteses de realização.Eu tenho um sonho... 


terça-feira, 4 de junho de 2013

A missão da educação no séc.XXI


A missão da Educação:Formar alunos confiantes, capazes, convictos, corajosos, generosos, cooperantes, audazes, cidadãos livres responsáveis e solidários

Sentimo-nos seguros quando confiamos e a desconfiança globalizou-se. Tememos os inícios,tememos os fins. Tememos a mudança, o sucesso, tememos o fracasso, tememos a vida, tememos a morte.
A insegurança tornou-se um problema social e como tal é uma questão que carece de resposta educacional. Reflectir, debater, analisar e compreender, pode simplesmente reduzir o problema à expressão factual da existência e anular o efeito de barreira, ao sucesso e à felicidade.
Sempre que corremos um risco, entramos em território desconhecido, somos confrontados com o um desafio ou nos é   exigida uma decisão, sentimos medo. Algumas vezes este medo impede-nos de atingir metas sonhadas e ambicionadas há muito tempo. Agir, participar em acções que nos forneçam um olhar sobre a vida, o mundo, os outros, mais sensível, mais de dentro para fora de nós, dar-nos-á a força necessária para provocar a mudança. Afinal é tão pouco o que podemos controlar...mas controlarmo-nos é possível, tomarmos as rédeas da nossa vontade é possível.Compreender que a nossa atitude, o nosso comportamento é determinante no modo como os outros nos vêem é fundamental. Sabemos que existe o medo instintivo, de preservação, inerente à nossa condição humana, reconhecê-lo e respeitá-lo é nosso dever. O adulto é sempre um modelo para a criança, logo o nosso comportamento terá de assumir aspectos, várias vezes irreais, mas é nossa responsabilidade como educadores, apresentarmo-nos seguros perante as crianças, afinal nós somos os "grandes". Para além disso a realidade é que com este exercício disciplinado, tornar-nos-emos mais seguros e confiantes.
Alterar o nosso vocabulário é fundamental neste processo. Usar apenas expressões verbais positivas, valorizando o que é belo, simples, generoso, edificante, dignificante, solidário, altruísta, nos conteúdos programáticos, mas sobretudo e também no currículo dinâmico, vivido a cada minuto na escola.
As crianças por vezes não verbalizam o sentimento de medo e/ou insegurança. O professor é por excelência um observador e é observando que poderá identificar esses sentimentos; o aluno está triste, absorto, tímido, inibido, agressivo?, para poder agir no sentido de reverter a situação.

                                                    continua...
Rosa Maria Sobral

segunda-feira, 3 de junho de 2013

ESTAMOS AQUI PARA AJUDAR

                     

Sentirmo-nos e estarmos seguros é a prioridade do momento. Da segurança físico,psico, emocional e material, depende o nosso bem estar, o nosso sucesso, a nossa felicidade. Sentimo-nos seguros quando confiamos e a nossa confiança à escala global, está ameaçada.Urge pois, estabelecer o sentimento de segurança, cultivando a confiança. O sentimento de confiança é inato ao ser humano.A criança nasce vulnerável, mas confiante.Quando o afecto e os cuidados lhe são dispensados na medida das suas necessidades, ela desenvolve-se sem medos, logo, segura,  confiante.Em cada dia uma nova experiência. A criança gatinha, para vir a caminhar, de súbito corre, trepa, abre e fecha portas e gavetas, explora tudo o que existe para além do seu olhar,desafia os adultos, com um sorriso, a partilhar a sua aventura. Ser livre, sem receios, confiante.
Para que este estado se mantenha e venha a ter expressão mais tarde, na adolescencia e na vida adulta, é necessário que seja preservado e estimulado na infância.
Família, professores e todos os que privam com crianças, ao possuírem o conhecimento de que são coconstrutores do ser ainda em formação, certamente orientarão o seu comportamento e assumirão atitudes que potenciem a expansão da confiança e nunca o contrário.
A existência apresenta muitos perigos, mas nada que se não possa equacionar numa vertente segura.
Transmitir conceitos de preservação, assentes em bases de conhecimento inteligíveis para as crianças, onde possam relacionar experiências, vividas por si ou por outros, é uma metodologia que resulta.
Os adultos ao refletirem sobre seus medos, as suas inibições, os seus constrangimentos, encontrarão decerto o seu modo de acção positiva perante as crianças.
Ao preservarmos e potenciarmos o sentimento de confiança em cada uma das nossas crianças, assumiremos que também nós, adultos, acreditamos que no conhecimento, na responsabilidade, na cooperação, na liberdade, existe a verdadeira confiança.

Rosa Maria Sobral

sexta-feira, 31 de maio de 2013

NA TRANQUILIDADE E CONFIANÇA RESIDE A FORÇA DO SER HUMANO


Imagine-se perdido na floresta. Árvores à direita, árvores à esquerda, à frente, atrás. Qual o caminho a tomar? Nunca foi escuteiro, militar ou teve algum treino para sair de situação semelhante. Provavelmente este exemplo  é demasiado dramático, mas prossigamos. Pode fazer uma de duas coisas; perder a cabeça de tão apavorado e por lá ficar às voltas até cair para o lado ou agir com calma, racionalmente, começando por rever mentalmente o percurso feito, surgirão pormenores que mesmo sem estar com a preocupação de se perder, a sua mente reteve.Quanto mais tranquilo maior número de informação conseguirá juntar.Para além dessa informação,irão surgir-lhe informações acumuladas ao longo da vida, de como se preservar face aos perigos a que possa estar expôsto.Depois é agir, confiar, acreditar que só ou com auxílio sairá dessa situação difícil.Retenha:Na tranquilidade reside a sua (nossa) força.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

COMO CONQUISTAR E MANTER A CONFIANÇA


No início fomos conquistadores. Conquistámos o amor da nossa família. Conquistámos os "audiovisuais" através do choro, do esbracejar, espernear e do uso da fala. Conquistámos o "espaço" logo que empreendemos a aventura de gatinhar, depois caminhar, mais tarde correr. Quando é que nos deparámos com as barreiras que foram construindo impedimento ao nosso propósito? Muitos de nós não sabem. Importa agora focarmo-nos apenas que se fomos capazes antes, também seremos no presente. Quem ou o que poderá opor-se ao firme desejo de vencer? Sem nos apercebermos, permitimos que "salteadores" tomem, destruam, aniquilem essa força interior que todos nós possuímos. Esse poder esteve sempre lá, bem no centro do nosso ser, aguardando contacto, a ordem para se manifestar. No início não duvidámos. No início confiámos.
Confiar é acreditar, acreditar é vencer!               (continua)

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Estamos aqui para ajudar!

                                  O CIÚME

P. O meu filho mais velho é muito ciumento do irmãozinho que tem 4 anos, menos dois que ele. Como é que se pode ter formado nele este sentimento?

R. O nascimento de outra criança marca o início dos sintomas de ciúme. É verdade que o ciúme também se pode fixar sobre um dos pais ou sobre qualquer outra pessoa no âmbito do conhecimento e dos contactos da criança, mas é sobretudo a chegada do segundo filho uma das causas mais comuns. Até então o mais velho tinha sido filho único, provavelmente o centro das atenções no seu ambiente e muito mimado por todos os familiares. Depois, de repente, aparece uma segunda criança e a situação muda completamente.
O primogénito, diz Adler, sente-se, assim, destronado. Começa então "uma amarga luta para reconquistar a atenção dos pais e recuperar a sua situação precedente, mais favorável". Um forte e roedor ciúme por esta aparente transferência do afecto do papá e de mamã para o minúsculo membro da família,é a reação comum das crianças que se sentem ultrapassadas no amor e nos planos dos pais.
Só se estes tiverem preparado sabiamente a mente da criança antes de chegada do irmãozinho, é que o primogénito irá ao encontro da nova experiência com prazer e satisfação.
Numa família o ciúme nas crianças pode nascer e incrementar-se quando há a suspeita ou a existência de favoritismos.Se uma criança está obcecada pela ideia, fundada ou não, de que os pais amam mais um  outro irmão, coloca-se aqui o fundamento de ressentimentos profundos no ânimo daquele que se considera menos favorecido. O sentimento de inferioridade acentua-sa então dolorosamente. Os pais devem ter uma grande prudência para não parecer mostrar mais afecto e carinho por um filho do que por outro. No entanto é um facto, que normalmente as crianças perdem os sintomas mais evidentes do ciúme, com o crescimento da idade e à medida que os seus interesses são absorvidos por coisas que se encontram para além das paredes de sua casa.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Ensino Experimental/contacto com as ciências






              
    






Acerca do pensamento crítico reflexivo

A necessidade de dar resposta às mudanças tecnológicas, ao crescimento exponencial da informação e à quantidade de conhecimento disponível no mundo, fez nascer da parte de educadores e investigadores a crescente preocupação de fornecer ferramentas básicas, que permitam ao indivíduo lidar com quaisquer dados e conhecimentos. Reconhece-se neste contexto a importância do Pensamento Crítico enquanto " uma forma de pensamento racional, reflexivo, focado naquilo em que se deve acreditar ou fazer" (Ennis, 1985, a pág.46), quer para o desenvolvimento do indivíduo, quer para o desenvolvimento de sociedade.
O contacto precoce com as ciências (ex. metodologia, observação/formulação de hipóteses), possibilita estimular atitudes de pesquisa como a curiosidade de confronto, capacidade de cooperar no trabalho de grupo e de revelar atitudes de confiança, aceitando outros pontos de vista.
Muito do valor da educação dos alunos para a vida, advém das capacidades de pensamento adquiridas, treinadas e desenvolvidas na escola. A explosão do conhecimento altera a natureza do acto de conhecer. Em vez da capacidade de relembrar surge a capacidade de definir problemas, selecionar informação e resolver problemas de forma flexível.
O progresso crescente muda a natureza da aprendizagem. Surge a necessidade de aprender de forma autónoma. Os alunos precisam de saber rever ideias e como sintetizar a informação (Liwn, 1986).
O desenvolvimento do Pensamento Crítico é hoje considerado por muitos investigadores e educadores, como objetivo educacional prioritário.
Na opinião de Postman, (1985) não pode, simplesmente, haver  liberdade para uma comunidade, se esta não distinguir a mentira da verdade, por falta de Pensamento Crítico.

Rosa Maria Sobral

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Estamos aqui para ajudar!


 

                                       












Pesadelos


P. O nosso filho tem 3 anos e às vezes tem pesadelos. É grave?

R. Os sonhos terríveis e os pesadelos noturnos, são muitas vezes causa de tristeza nas crianças e motivo de preocupação para os pais.
    Algumas investigações revelaram que mais de 40% das crianças com idades compreendidas entre os doze meses e os 4 anos, têm pelo menos um sonho desagradável por semana. Tal percentagem desce para 22% nas crianças dos 9 aos 12 anos de idade. É revelado que com o crescimento em idade, aumenta a percentagem de sonhos originados por dificuldades pessoais, enquanto se observa uma diminuição dos sonhos assustadores, isto é, aqueles sonhos em que aparecem animais terríveis ou o medo do escuro e do desconhecido.Portanto, tendo em conta os dados acima referidos, acho que, para já, se deva considerar esta situação como normal. Mas se o distúrbio persistir, será oportuno consultar um psicólogo. 
   No entanto, podeis preparar o vosso filho para o sono de um modo carinhoso.
   Á noite, assume particular importância aquilo que dizemos às crianças que têm pouca idade como o vosso filho.Nas suas representações mentais, ele deveria poder encontrar sempre alguma coisa que o acalme e o alegre. Uma história, já deitado na cama, com conteúdo tranquilo, talvez inventada por vós, poderá ser útil para favorecer o sono.
  Também se poderá falar de projetos agradáveis a realizar no futuro.
  Nesta idade, uma atitude terna e afetuosa, produz um sentimento de confiança que permite à criança adormecer rapidamente e ter um sono calmo.



domingo, 26 de maio de 2013

O medo tira-nos a capacidade de amar e de nos deixarmos amar

Amar é a fonte da vida. Quem ama vive agora e viverá para sempre, nas pessoas que receberam diretamente esse amor e nos que os procederem, pois a memória percorre distâncias inimagináveis. O amor cura, o amor enobrece, o amor embeleza-nos. Amar torna-nos gentis, generosos, tolerantes, felizes. No entanto só o amor sem barreiras, incondicional, possui estas qualidades. Amar apesar de...o outro ser diferente. Amar apesar de...esse amor não ter retorno. Amar apesar de...esse amor exigir dádiva, sacifício, esforço.Amar sem esperar nada em troca.Quem assim ama, não sente medo, já que não impõe condições para a existência desse amor.Quem assim ama, não sente medo de que o amem, porque a sua concepção de amor é de um sentimento intrínseco, natural e não qualquer "moeda de troca"; tu amas-me eu tenho de ser, fazer ou dar-te o que quer que seja. Para além de tudo, onde existe amor genuino, autêntico, incondicional,não há espaço para o medo.

Rosa Maria Sobral

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Estás desempregado? Isto é para ti!

Por detrás dos números estão seres humanos.O drama que representa 1000000 de pessoas sem posto de trabalho, necessita de respostas urgentes,encontrando-se neste valor, pais que foram e são privados de proporcionar a seus filhos o direito fundamental de se desenvolverem harmoniosamente, junto de seus pares, socializando-se e experienciando novas possibilidades, num ambiente tranquilo, seguro e caloroso.
Conta connosco.Em cooperação encontraremos uma solução.



Encontram-se abertas as inscrições para o ano letivo 2013/2014.
Contacte-nos para o 21 276 32 41 ou para o 91 833 62 49.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Algumas "dicas" para os papás dos nossos futuros alunos



Inseguranças mais frequentes apresentadas pelas crianças em contexto escolar:
-Medo de não gostar da escola e/ou da educadora
Infelizmente a imagem que chega até às nossas crianças, seja através dos media ou de conversas na família ou amigos, não favorece em nada a escola. No entanto a família é quem melhor posicionada está para tranquilizar a criança. Visitar a escola, conhecer a educadora e demais agentes educativos, participar das ações desenvolvidas pela comunidade escolar, no sentido de se dar a conhecer, assim como mostrar a organização do espaço escolar, dará à criança a compreensão de que é bem vinda, que na escola tem direitos e deveres, que fará parte de um grupo que embora já existente, a acolhe com respeito e carinho.
-Medo de que os pais não voltem
O sentimento de abandono poderá surgir nos primeiros tempos e ser ultrapassado facilmente desde que os pais ou familiares expliquem à criança qual o procedimento que adotarão e o cumpram, sustentados pelos agentes educativos, sempre que a criança demonstre ansiedade.
Na cooperação entre a escola e a família, encontraremos os meios para que a adaptação das nossas crianças, seja um sucesso.


Rosa Maria Sobral

sexta-feira, 3 de maio de 2013

DIA DA MÃE


No meu percurso profissional, já longo, tenho diariamente como principais interlocutores Mães.
Constatei que independentemente da origem, da cultura, da idade, do estatuto sócio-económico,
as preocupações e os anseios são semelhantes. Nada faz brilhar mais seus olhos do que falar
de seus filhos. Por vezes transportam um sentimento de culpa por se julgarem incapazes, não
reconhecendo que na maioria das vezes são super-seres humanos. Felizmente que os filhos não
vêm acompanhados de "manual de instruções", permintindo assim a evolução, o auto-conhecimento ,
a superação. Nos tempos difíceis que correm, mais necessário se torna a existência de Mães Coragem
sejam os filhos crianças, adolescentes ou adultos e elas aí estão, de todas as idades, com os olhos brilhando de orgulho e lágrimas, mais Mães de que nunca!
FELIZ DIA DA MÃE
rosamariasobral


 


  ,

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Pensamento do dia

Não se pode ensinar alguma coisa a alguém,
pode-se apenas auxiliar a descobrir por si mesmo.

Galileu Galilei

terça-feira, 23 de abril de 2013

Ouvir os anjos

Ontem um anjo disse-me: Remove a venda dos olhos.
Sobe a montanha, ampara-te no cajado da coragem.
Não temas os sons dos ventos, semelhantes a vozes que
te intimidam ou o voo rasante das aves, negando-te o
direito da partilha do seu espaço. Tampouco temas as
pedras que se soltam sob os teus pés em teu caminhar.
Tudo te parecerá assustador, é o teu sentir que assim o
permite. Enfrenta o medo, é somente ilusão criada para
te tolher. É conveniente para outros, que permaneças
acanhado, quedo e mudo.
Ao se adaptarem os teus olhos à luz, dar-te-ão uma
narrativa oposta da que tens, surgindo em seu lugar o
que é novo e verdadeiro e terno.
No cimo, à tua chegada, estarão aplaudindo todos aqueles
que te merecem...e apenas isso importa.

R.S.
Hino do Externato Jean Piaget

Com coragem, entusiasmo e convicção
Nasceu a escola do futuro
Toda ela coração
Valor que derruba qualquer muro

Por perto está sempre a esperança
Sabemos não é fácil o caminho
Juntos somos uma força
Maior que a força do destino

Cada um de nós é uma pérola
Rara, preciosa e com valor
Unidos pelos elos da verdade
Do saber, do conhecer e do amor

Piaget, nosso berço, nosso lar
Piaget, nossa escola para sempre
No nosso coração tens um lugar
Piaget, vamos amar-te eternamente 

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Planos para o futuro

Encontram-se abertas as inscrições para o próximo ano lectivo 2013/2014
Contacte-nos  212763241/918336249